“Shutdown” Americano: Trump não chega a acordo e completa um ano no poder com governo paralisado
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“Shutdown” Americano: Trump não chega a acordo e completa um ano no poder com governo paralisado
Após um dia inteiro de negociações, o Senado rejeitou uma extensão provisória do orçamento até 16 de fevereiro, o que, na prática, deixa a administração federal sem fundos para continuar operando
Nas últimas duas semanas apareceram notícias sobre órgãos do governo americano sendo obrigados a fechar as portas. Parques nacionais, museus, bibliotecas e até sites estão paralisados devido ao “shutdown” pelo qual o país passa. E esse episódio é bem mais simples do que parece. Não é um esforço de guerra nem medo de terrorismo: é uma briga política entre republicanos e democratas.
O motivo desse congelamento das verbas do governo é o travamento da votação do orçamento no congresso americano. Um novo ano fiscal começou no dia de outubro, mas não houve consenso entre os dois partidos. Então, o novo orçamento ficou paralisado. Sem ele, o governo federal não pode repassar verba para seus órgãos e serviços, e é por isso que até o site da Nasaestá fora do ar.
E por que isso aconteceu? Por disputas políticas, é claro. Para aprovar o orçamento, os republicanos exigiram que se enfraquecesse o sistema de subsídios à saúde conhecido como Obamacare. Uma vez que o presidente Obama não tem uma maioria sólida para aprovar o orçamento sem os republicanos (principalmente entre os deputados), criou-se esse impasse, a ser resolvido.
Nem tudo está parado, no entanto. A previdência social, serviços essenciais de segurança e o exército continuam ativos, embora com algumas restrições aos pagamentos dos funcionários. Os deputados e senadores americanos continuam recebendo seus salários sem prejuízo algum, é claro. Mas serviços de vacinação, habitação de emergência, algumas áreas da justiça, agências regulatórias (como a EPA, de proteção ambiental), entre outros ficarão suspensos enquanto não houver um novo orçamento. Estima-se que 800 mil trabalhadores federais estão “encostados”.
Mas a maior ironia dessa história é que o Obamacare, o centro da discórdia, vai continuar a funcionar a pleno vapor, mesmo durante o apagão do governo. A legislação que criou que o programa previu que ele tivesse um fundo próprio, ou seja, ele não depende desse orçamento a ser aprovado. Quer mais ironia? O Obamacare começou a funcionar no mesmo dia em que o “shutdown” começou.
O “shutdown” já aconteceu outras 17 vezes na história dos EUA. A última foi em 1995 e durou 21 dias. As emoções não devem parar de chegar. Daqui a alguns dias, os Estados Unidos vão chegar ao teto de sua dívida. Se o Congresso não aumentar esse limite, o mundo corre o risco de ver um calote americano nas dívidas externas. Mas esse é um assunto para outro.
A Embaixada dos EUA está funcionando normalmente.
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